sábado, 26 de abril de 2008

É o fim da linha

É o fim da linha, meu amigo.
Esse é o fim.
Do mundo, da vida, seu;
Seu fim.
No caminho,
longo e tortuoso,
estavas.
No fim do caminho
que percorrestes
tu não festejarás.
Não rirás,
não irás cair ou entregar-se ao pranto.
Não é permitido à ti.
O fim da linha leva ao inferno.
Ao carrasco que te açoitará
e irá te degolar com prazer...
Com um riso satânico.
E um machado.
O fim da linha te leva ao inferno.
Ao demônio que Sodoma jamais viu.
Aos olhos flamejantes da violência.
Ao medo no teu próprio olhar.
Ao medo na tua respiração ofegante.
Ah, meu caro!
Dos teus gritos de horror nascerão gargalhadas!
Dos teus gemidos altos e cansados de dor se fará a chacota!
Esse lugar,
esse fim...
Sem esperança,
sem abrigo,
sem sossego...
Ai, amigo...
Não quero ter teu fim.

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