sábado, 26 de abril de 2008

É o fim da linha

É o fim da linha, meu amigo.
Esse é o fim.
Do mundo, da vida, seu;
Seu fim.
No caminho,
longo e tortuoso,
estavas.
No fim do caminho
que percorrestes
tu não festejarás.
Não rirás,
não irás cair ou entregar-se ao pranto.
Não é permitido à ti.
O fim da linha leva ao inferno.
Ao carrasco que te açoitará
e irá te degolar com prazer...
Com um riso satânico.
E um machado.
O fim da linha te leva ao inferno.
Ao demônio que Sodoma jamais viu.
Aos olhos flamejantes da violência.
Ao medo no teu próprio olhar.
Ao medo na tua respiração ofegante.
Ah, meu caro!
Dos teus gritos de horror nascerão gargalhadas!
Dos teus gemidos altos e cansados de dor se fará a chacota!
Esse lugar,
esse fim...
Sem esperança,
sem abrigo,
sem sossego...
Ai, amigo...
Não quero ter teu fim.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

...O alvorecer do nosso amor...

"Sinto você, seu sol brilha.
Sinto você dentro da minha mente.
Você me leva lá,
você me leva ao reino dos céus,
você me leva e me guia através da Babilônia.

Esta é a manhã do nosso amor;
este é o alvorecer do nosso amor.

Sinto você, seu coração canta.
Sinto você, a alegria que isso traz,
onde o céu espera aqueles portões dourados,
e de volta novamente,
você me leva e me guia através do esquecimento.

Esta é a manhã do nosso amor;
este é o alvorecer do nosso amor.

Sinto você, sua alma preciosa
e estou inteiro.
Sinto você, seu sol nascente,
meu reino dos céus.
Sinto você, cada movimento que você faz.
Sinto você, cada respirada que você dá;
onde os anjos cantam e estendem suas asas.
Meu amor está elevado.
Você me leva para casa,
Para o trono da glóra várias vezes.

Esta é a manhã do nosso amor...este é o alvorecer do nosso amor."
[Depeche Mode - I feel you]


Apreciando nossas poucas coisas em comum, logo a tua música preferida!

Me delicio só de pensar que estou dentro de teu coração leonino...
Nosso Amor que se confunde com a Paixão.
Tua ânsia, teus braços a me aquecer;
Tuas manias que me tiram do sério.

Tua felicidade em meu coração ariano.

domingo, 13 de abril de 2008

Onde pulsa...


...um coração de ferro.

Que ri e que chora,
como todos sentem.

Provavelmente.

domingo, 6 de abril de 2008

Ao passar pelo espelho

Ao passar pelo espelho eu me deparei com você.
Não tinha porte, não era bela;
Não era interessante aos olhos meus, então por que seria à visão alheia?
(sedenta e faminta)
Se no ardor da juventude tinha sabor de morte... insosso, adstringente...
Como, então, iria se decompor?
Falei-lhe isso. Exactamente a mesma indagação.
Desta vez olhou-me pueril, inocente.
Eu? Olhei-a sem esparança, tocada, mas cheia de penas ingratas.
Ah! Aquela criança que vivia a me procurar!
Verdade. Ignorei-a(De fato, fiz-me cega), tentava fugir.
Ah!Ilusões queimei!Torturei-as!Torturei-me.
Ouvia-as gritando ao eco. Deixei-as queimar.
Saí do pensamento e então ao passar pelo espelho...