terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Ponto de fuga


Ela estava frágil,cansada.
Nos olhamos por muito tempo e só então desviou o olhar.
Abatida!Completamente abatida!
Diferente de mim: Eu estava conformada.
A gravidade puxava sua face,incluindo as olheiras.
Sua voz tremia...
Mas não adiantava chorar.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Solitárias flores

Insólito era o momento do vácuo,que me transplantava tanta ansiedade
e de tanta ansiedade morria;
O ócio é um desespero do qual se nascem as mais lindas flores!
Ah,meus esvoaçantes amores!
Minha liberdade corrupta!
Ah,pranteio em vão!
Como todos fingem o quanto anseiam o sangue dos canalhas,a justiça plena e mais outras politiquices corretíssimas...Não movem os ossos!Nem um grito,sequer!
Pobres almas que voam no espaço do eco...
Pobre alma,aqui,lamentando...
Suspirando solitariamente.

sábado, 5 de janeiro de 2008



Vamos nos infectar, nos enfartar de ilusões;

Contaminando nossas mentes com glitter sujo,

sem ninguém para realmente se importar com ninguém;

Sem a [in]segurança do amanhã,nem a lembrança do ontem; nem do que passou,nem do que haverá;

Vamos nos alienar.

Escuridão


Escuridão nada mais é do que o silêncio visual.
Escuridão é a omissão;
Escuridão habitual...
Não!A escuridão é um clarão que pega fogo,é fogo frio que não se dói;
é um vazio que não acaba,que não escapa da verdade
e ainda que sem piedade
ela espera
e se revela.
A escuridão é o namorado de corpo,mente distante,no qual o coração não bate.
E sua menina agora é solitária.
A escuridão não tem culpa,ela apenas é sincera e mal amada.