Você já pensou insanamente sob um sol devastador?
Eles pensaram.
E agir vorazmente após uma noite gélida?
Eles agiram.
Os dois rapazes eram melhores amigos, pois não tinham outros. Naquela manhã eles acordaram decididos, aprontaram-se e marcharam até a execução do plano.
Parecia um dia calmo na escola de ensino médio. Uns adolescentes eram triviais, enquanto outros eram mais que isso: Superfíciais. Enfim, não importa. Eram todos rasos. E queriam adoração. E pensavam, cada um, em suas cabeças de cavalo, serem o pólo magnético da Terra.
Pois bem... Os dois jovens entraram naquele ambiente com suas sacolas pesadas, abriram e não pararam mais de atirar contra todos, até que a munição acabasse. Até que o estrago tivesse sido bem grande.
E antes que a sinfonia das sirenes dos carros de polícia e ambulâncias se aproximasse, os dois cortaram os pulsos, cada um com seu canivete. E aproveitaram cada minuto, segundo de agonia com uma estranha sensação de dever cumprido.
Quando o resgate chegou, já estavam à poucos segundos de deixar a vida que já não tinham. A primeira pessoa que adentrou naquele lugar fitou o rosto suado de um dos garotos. Ali não havia uma expressão de dor. O que jazia ali era felicidade, que não acabaria nem com o último gargalho que daria no último suspiro. Ali jazia um sorriso largo, cru e cortado, como uma cicatriz na face. Uma caricatura doentia.
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